Vou bebendo o passar
dos dias,
escorrendo minhas horas
em boa companhia
de mim e de uma garrafa
entorpecente,
e de um sorriso sem
dentes de uma noite fria.
O ano vai caindo em
gotas involuntárias,
vou sorvendo sem pressa
o tempo nascente,
precisando de coisas
que não sei se posso
carregar comigo de uma
vez só.
Antes que a garganta dê
um nó,
encerro os olhos fixos
na lua cheia,
rajada serpenteia,
esmaga estrelas com seu peso
Deixo-me envolver em
qualquer fingimento,
uma nota qualquer de
algum sentimento
que desce goela abaixo
sem pedir resposta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário