quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Minha cama está vazia e fria
Durmo junto ao traveseiro para sentir o seu cheiro
Mas o tempo, voraz e imperdoavel, já levou o que restava de você daqui
Não há companhia de amigos que substitua
Não a bebida que me faça esquecer
Não há nada que me distraia
Não era o calor do algodão que eu queria agora
Queria o calor do seu corpo. O toque da sua pele. O som da sua voz
Cansei de estar sozinha. Cansei dessa vida mesquinha
Estou sempre em movimento, estou sempre em algum momento
Faço parte do mundo, me jogo nele. Vivo em um turbilhão de emoções
De que adianta se não tenho você ao meu lado.
Você. Ou você aí. Você aí também serve
Não importa.
Só quero alguém para dividir uma cama
Dormir juntinho
Fazer um carinho
Ligar de madrugada
Assistir um filme bobo.
Divida esse vinho comigo
Vem aquetar esse meu coração arisco
Vem apaziguar esse meu corpo voluptuoso
É pedir muito?!
Creio que não.
Falta mais entrega.
Mais coragem de viver.
Amem mais. Gostem mais. Gozem mais. Se libertem.
SE PERMITAM.
Se permitam amar... se permitam serem amados...
.... serem gostados.. serem gozados...
Não imporrta a forma de amor. Me entrego a todas. Se entregue
Não respeito normas e nem moral
Existem amores e amares. Amores de uma vida. Amores de um segundo. Amores de uma noite.
Enquanto vocês se prendem a padrões e paradigmas
Eu tento viver
De todas as formas imagináveis. E inimaginaveis
Cerrei as janelas
Vou voltar para minha cama fria
Na esperança que em um amanhã ela não esteja tão vazia....
(madrugada de 14/12/2011)
Dalila Cristina
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Mais um 'orgasmo' poético da Dalila. é poesia em afetos, mordidas e desejos. e como a própria poesia diz: permitam-se!
ResponderExcluirDoda Pereira (Dalila Cristina:
ResponderExcluirPermissão, sempre! "Orgasmando" palavras.