sábado, 17 de dezembro de 2011



Coração cheio, papel rabiscado.


Sempre voei na contra mão,

Na poesia porque não?

Atípico é o meu planar,

Gosto de ter o gosto,

De o oposto desvendar.


Pois já conhecendo um lado,

Conhecer o outro me traz alivio,

Mais fácil fica encontrar o equilíbrio,

Eloquente passa ser meu caminhar,

Difícil torna-se praticar o julgar.


Muitos vi e vem versando sofrimento,

Amargura, tristeza e toda sorte de lamento,

Lembro-me até e vou citar,

Aquele velho poeta que em belo Tom dizia ao cantar,

A tristeza é perene,

A felicidade breve a passar.


Lembro outro velho cantador,

Lamentando em clamor,

Alceu público com fervor,

Não conseguir fazer canções sem nenhuma dor.


Compreendo seus sentimentos e verdades,

Sei que a tristeza aflora novas realidades,

Que a dor também é bom professor,

E que o sofrimento expõe a alma ao relento,

Possibilitando seu maturar.


Destilado já me basta rimar!


Do lado de cá hoje rimo,

Hoje em dia,

Planto, colho, escrevo com alegria,

Anunciando velha nova realidade,

Que carrego com toda humildade,

E justo aqui hoje venho trazer.


Para aqueles que com lagrimas cansaram de escrever,

Ou torpes já não suportam mais versar,

Apresento-lhes o lado de cá,

Com amor quero lhes afirmar,

A inspiração sempre vem com a luz do dia!

Ou do luar!


Com toda vida, experiência, paixão, amor, felicidade e a devida eloquência,

Não julgando o ser da palavra verdadeiro por consequência,

Realidade de cada um,

Cada um com sua realidade,

Todos donos de suas vontades.


Para buscar em meio às partes,

Dialética e boa ciência,

Meio termo, bom senso e desperta consciência,

Para saber que deste lado é possível se rimar,

Como disseram os nossos moleques a cantar,

É fazer a alegria girar,

E como eu hoje diria,

É rimar com alegria,

E fazer girar poesia!


Artéfio Bruno M. de Alencar

Em: 16.12.2011

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