O sonho de toda rainha louca é cortar os pulsos e morrer cantando na fogueira.
(Dalton Trevisan)
dorme uma mente sem descanso
dorme o descaso de alguém ,
onde cantava o maldito ganso.
Quem sentou àquela mesa,
posta de um banquete de cabeças
viu que não se tinha certeza
além de que a vida era foda
para alma incólume e imprópria
ou para quem fazia da vida, o uso capião.
Viram-se que eram por vis de sonhos
por vis de amores
E nestes (de amores)
vinha sempre um resquício
de algum velho horror.
E no meio dos campos,
verdejantes e esbraveados,
deste sonho inter-minado
sempre havia um canto,
onde o mal sempre teimava em resistir
E nestes mesmos campos
do mais bonito sonho
uma flor lilás brochava,
como quem não queria nada,
e logo logo se tornava,
A moça dos tormentos...
Eram por vis de amores
com cheiro de flores
cor de sangue
e resquícios de álcool.
E é dentro desse sonho sem sentido,
onde dorme uma rainha descansada
lenta, impraticada, sorrateira e ingênua
cheia de humanidade
aconchegada em frutas sem cascas,
nas cascadas da maldade.
E a quem dissesse o contrário,
o sonho maluco do otário,
se destroçava os anjos negros,
escancarava seus segredos,
Abrindo portas, feridas e ensejos.
E na noite sempre diziam
que Dalton Trevisan ainda vivia
recluso em sua triste vida
E que a noite ele jazia,
em um leito fugaz de Curitiba.
E assim ele ferve
em pensar na sua rainha,
louca, louquíssima entre outras trintas
em que todo sonho seu
dentro de outro sonho
de um olhar sem descanso,
e dentro deste canto
causa um espamo
quase que infantil
em cortar o pulsos
e morrer cantando
ao redor da fogueira.
Raíssa Cagliari; 14/05 (que porra de poema foi esse mano?)
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