segunda-feira, 14 de maio de 2012

Naquele Feeling

O sonho de toda rainha louca é cortar os pulsos e morrer cantando na fogueira. 

(Dalton Trevisan)




Dentro de um sonho sem sentido,
dorme uma mente sem descanso
dorme o descaso de alguém ,
onde cantava o maldito ganso.


Quem sentou àquela mesa,
posta de um banquete de cabeças
viu que não se tinha certeza
além de que a vida era foda
para alma incólume e imprópria
ou para quem fazia da vida, o uso capião.


Viram-se que eram por vis de sonhos
por vis de amores
E nestes (de amores)
vinha sempre um resquício
de algum velho horror.


E no meio dos campos,
verdejantes e esbraveados,
deste sonho inter-minado
sempre havia um canto,
onde o mal sempre teimava em resistir


E nestes mesmos campos
do mais bonito sonho
uma flor lilás brochava,
como quem não queria nada,
e logo logo se tornava,
A moça dos tormentos...


Eram por vis de amores
com cheiro de flores
cor de sangue
e resquícios de álcool.


E é dentro desse sonho sem sentido,
onde dorme uma rainha descansada
lenta, impraticada, sorrateira e ingênua
cheia de humanidade
aconchegada em frutas sem cascas,
nas cascadas da maldade. 


E a quem dissesse o contrário,
o sonho maluco do otário,
se destroçava os anjos negros,
escancarava seus segredos,
Abrindo portas, feridas e ensejos.


E na noite sempre diziam
que Dalton Trevisan ainda vivia
recluso em sua triste vida
E que a noite ele jazia,
em um leito fugaz de Curitiba.


E assim ele ferve
em pensar na sua rainha,
louca, louquíssima entre outras trintas
em que todo sonho seu
dentro de outro sonho
de um olhar sem descanso,
e dentro deste canto
causa um espamo
quase que infantil
em cortar o pulsos 
e morrer cantando
ao redor da fogueira.




Raíssa Cagliari; 14/05 (que porra de poema foi esse mano?)

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