segunda-feira, 18 de junho de 2012

A cor somos nós


O longe inspira, às vezes
e no desejo de se alcançar o absurdo
tornei-me mudo por um tempo
para juntar e misturar cores, para correr atrás de todos, e não quaisquer, mas os melhores tons:
anil, verde, lilás
com preocupação milimétrica para não ser fulgaz em minhas intencionalidades
a aquarela perfeita dançando sobre minha mente,
minha mente bailando sobre a tela,
a tela num súbito desejo de ser tocada em tinta e carne ...
o suave, o inesperado, o recorte, a imagem
sem incerteza no espelho futuro
tu, em viva poesia e canção
murmuro pela beleza um tanto algoz
que desfaz o meu ser em alegria
mostrando que a cor somos nós

André Café

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