segunda-feira, 4 de junho de 2012
Prólogo Socrático do Encontro IV - gênese de angústia imaterial
Não me transportava para condição qualquer de anunciação de salvação
Não me realocava novamente entre os pares de carne e origem
Não me suturavam os restos de ranços calcados na história
o fervor, sobretudo amargo, nascia de e por conseguinte existência, incerteza
A hora, sem precisão de ser ou acontecer, mirava nos sentidos
e neste campo, a imagem de Epizêuxis brincava com a minha distinção
de espaço, de nexo e de loucura; alternadamente insana e pura
Na mão, o copo de rum tremulava fumegante
Uma dose desfibriladora sem efeito, o ardor do peito incitava pane
- Creio não ser mais uma companhia para este jogo. Com sua permissão retiro-me.
- Poderás seguir nobre Pensador. Vá e caminhe sobre suas convicções e aflições. Pode ir, daqui vejo o inoperante esforço de não pisar em solo da humanidade. Assisto de camarote esta luta.
- Agradecido. - Porém envolto em devaneios mais replicantes e nefastos. Com o passo duro, meu corpo, minha alma alcança a epopeia de desconhecimento a partir do vasto mundo observado. Eu, sigo, obtuso e cádmio, para onde o gelo se encerra.
Sócrates jogando poker em Cocytus com Satan
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