terça-feira, 19 de junho de 2012
Respirar
Quero emprestar meus gestos, um pouco daquela harmonia
Gostaria que você sentisse um pouco do que sinto sempre
Aquelas arterias que se dilatam, quando percebem sua presença
Várias sinapses se desencontrando deixando tudo muito turvo.
Como vamos respirar nessa atmosfera?
Essa tão límpida que você criou, mas poluiu com sua ausência.
Respirar não é apenas constrair os pulmões
É aspirar todos os sentimentos até o limite da incerteza
E trazê-los de volta, onde eu posso sentir um certo controle
Deixando longe de você, todo um contexto sem explicação
Todo aquele lado escuro que um beijo poderia despertar
Mas, quando acordo, já é tarde demais.
Vários pensamentos, atos e possibilidades
Para contaminar nossa atmosfera
Deixando tudo distante
Aproximando o inevitável
Por desconhecer o que era tão visivel.
No fundo, sempre descobrimos pelo beijo
E naquele dia, apenas tive a certeza
Que toda essa atmosfera, aquela de romantismos e desejos
Simplesmente não existe mais.
Uma atmosfera muito limpa e imaculada
Não adianta o entrelaço dos lábios
Se os corações estão distantes daquilo que realmente importa.
Tudo fica intragável e não há mais limites
Uma atmosfera de incertezas para me acostumar a respirar
Bruno Luiz
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário