domingo, 18 de novembro de 2012
Por te ter .
Dois estranhos,
até pouco.
Até que os olhos ficaram rindo
Até que você chegasse aqui pra mim cantando
Até que o tempo quente não te evapore
Me dispeço
-é certeza que tu volta !
Meus dedos esperam teus fios na tarde
Me aprumo com o melhor dos sorrisos
Abro a porta logo penso :
Lá vem ele!
O menino dos meus olhos
Me sela os cílios com beijinhos
Me aperta bem devagarinho
E me segura quando nos botequins eu to caindo
Cambaleavelmente amável . . .
Pra não haver colapso
Resolvi tomar só dose diária
É forte, no outro dia abstinencia bate
Me lembro das tuas poesias
Do tempo que eu não te conhecia
Tempo ocioso, mal previa o tempo de agora
Tempo de fluxos, da noite, das tuas falas
Dos teus olhos me encarando
na horizontal
Tentando quiçá decifrar meu pensamento
Que logo reluz, tu
Somente tu , que fez meu coração tomar tento
E ver na tua retina o amor que eu, menina
Posso dar cada vez que nos teus braços
Um tanto quanto embriagada
De rum, vinho e felicidade acordar .
[Baseado no romance descrito pela amiga F. S]
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