quinta-feira, 29 de novembro de 2012
sou o mais maldito dos malditos
sou a escoria do mundo,
o resto de comida dos ratos
sou o sangue que corre nas veias de um paciente terminal
sou o mal
sou meu demônio
o maior dos renegados
estou perdido
perdido dentro de mim
sou tão insignificante que não consigo me encontrar
não sei quem sou
quem saberá?
sou um poeta solitário
poeta?
nem sei se isso sou
pode ser que eu seja um nada
pode ser que eu seja alguém
um alguém que nada tem
perdido
só, sozinho.
já tentei me encontrar de tantas formas
isso me faz parecer insignificante
a vida é insignificante
não faz sentido, eu não faço sentido
que sentido tem a vida?
nasci pra crescer, pra ter que sofrer, pra ter que morrer
e qual o sentido disto tudo?
vou gerar alguém
coloca-lo no mundo e ele vai ter que sofrer
vai ter que chorar
vai ter que apanhar, apanhar pra aprender,
aprender que na vida a gente tem que sofrer.
a partir do nosso parto a vida já nos mostra como vai ser
porra a gente já nasce chorando,
por que não sorrindo?
já tem que nascer sofrendo?
estou morrendo
estou morrendo
estou morrendo de tanta angustia,
morrendo por medo de morrer,
sofrer
chorar
o que será que tem do lado de lá?
eu não queria nascer
eu não queria morrer
eu não queria sofrer
eu não queria chorar
é por isso que eu digo
sou o mais maldito dos malditos.
Porra Daniel
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