11.2012
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ESPECIAL TORQUATO NETO 66
(...)“MAMÃE, CORAGEM” e “O HOMEM CONCRETO” EIS A “VERDADE TROPICAL” : Dona Canô, mãe dos
cantores tropicalistas Caetano Veloso e Maria Bethânia, segue indiferente ao
tempo opressor e aos 105 anos de vida realmente implica com a praxe lógica da
cronologia humana; exemplo bastante semelhante ao do mais que centenário arquiteto
Oscar Niemeyer, que aos 104 vai ao hospital fazer um check up e logo,logo volta
ao batente entre projetos ou eventos. Guardadas as preocupações costumeiras de
familiares, parentes e amigos próximos, além dos profissionais de saúde que os
atendam, obviamente.
Talvez o jornalista
incompletamente formado pela universidade das ruas e redações do brasil Torquato
Pereira de Araújo Neto anunciasse algo assim se ainda escrevesse no Jornal do
Brasil e pintasse até uma manchetona algo parecida ainda hoje.
DE MARISTA A TROPICALISTA: COM UMA ENCAMINHADA E SÓLIDA
FORMAÇÃO EM COLÉGIOS DE IRMANDADES RELIGIOSAS DESDE O INÍCIO NO COLÉGIO SAGRADO
CORAÇÃO DE JESUS (NA VULGATA, COLÉGIO DAS IRMÃS) EM TERESINA E EM COLÉGIO
MARISTA EM SALVADOR, O ADOLESCENTE PIO EXISTENTE EM TORQUATO NETO PREPARA DO
GRANDE SERTÃO NORDESTINO VEREDAS AO JOVEM JÁ CÉTICO EM RELAÇÃO À CARREIRA DE
DIPLOMATA OU BUROCRATA PARAESTATAL. //
E INSINUA EM SI
VOCAÇÕES E DONS OUTROS, NESTA TRILHA MAIS QUE LITERÁRIA, MUSICAL OU CINEMATOGRÁFICA;
BEM MAIS QUE ISTO: UMA POLIFONIA CULTURAL ECLÉTICA ALIADA AO ENGENDRAR DE
REFLETIRES-PENSARES-AGIRES RUMO ÀS EMERGENTES MEGALÓPOLES BRASILEIRAS, O
SENTIMENTO E A COGITAÇÃO ORA COMO JORNALISTA, ORA COMO PRECEPTOR OU COLEGA DE ARTISTAS
E ATIVISTAS ENGAJADOS EM CONVÍVIO TROPICAL. //
LOGO, NÃO É DE SE ESPANTAR QUE A EMPREITADA DEPOIS BATIZADA
DE TROPICALISTA JÁ NASCE EM TORQUATO NETO E MESMO NO GRUPO BAIANO-NORDESTINO AO
SUDESTE AGLUTINADO: AUGUSTO E HAROLDO DE CAMPOS, DÉCIO PIGNATARI; HÉLIO
OITICICA, TOM ZÉ, CAPINAM, GERALDO VANDRÉ; GILBERTO GIL, CAETANO VELOSO, MARIA
BETHÂNIA, GAL COSTA; LUIZ MELODIA, CARLOS PINTO, NONATO BUZAR, PAULO DINIZ,
RENATO PIAU; JARDS MACALÉ, WALLY SALOMÃO, IVAN CARDOSO, ...E TANTOS COLEGAS DE
CRIAÇÃO QUE FICA ATÉ DIFÍCIL CATALOGAR, ATÉ HOJE, MESMO CONSULTANDO ARQUIVOS E
ACERVOS SÉRIOS.//
E PERCEBAMOS QUE CRÍTICOS, DESDE BIÓGRAFOS, PASSANDO POR COLECIONADORES,
ACADÊMICOS ESTUDIOSOS E PESQUISADORES, ALÉM DE UMA LEGIÃO DE FÃS OU
APRECIADORES – MARGINAIS OU NUCLEARES – TAMBÉM EM MOMENTOS CÍCLICOS E
PERIÓDICOS RETOMAM FRAGMENTOS DA VIDA QUE VENCE A MORTE EM TORQUATO NETO. ALIÁS,
NA IMAGINAÇÃO DESTES DIAS, HÁ A IDEIA DE QUE É MELHOR QUE SE DIGA PRECISAMENTE:
AQUI ATÉ HOJE É O FIM DO MUNDO! NÃO QUE SEJA UMA PRAGA OU
DESTINO FATAL EM INSTANTES DE FEÉRICA HISTERIA MUNDIAL; APENAS DIZER QUE, APÓS 40
ANOS DA MANCHETE DE 19’72 MUITA COISA MUDOU SIM, O BRASIL É OUTRO, ATÉ O PIAUÍ É
OUTRO. NESTES 68 ANOS DUM TROPICAL ADEUS TORQUATEANO, DIGAMOS ATÉ LOGO, POIS 68
DIZEM É UM NÚMERO QUE NÃO FINDA EM SI, NESTA HISTÓRIA A SER RECONTADA.//
NOS
JORNAIS DO BRASIL É SEMPRE MPB!.//
(João Paulo Mourão para o “Sempre MPB” de 11.11.2012)
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