sexta-feira, 1 de março de 2013
Elegia ao Rio Parnaíba
Oh, Rio Parnaíba!
Oh, meu Rio Parnaíba não és, tu, muso
O qual tão sublime ascende
A alma do poeta e a voz altiva
Que deleitam inspirados
A bradar tão relutantemente
Tua gloriosa história, tuas calmas margens?
Não és o meio de vida de teu povo
Por mais que te matem e matam
De tanto desamor?
Foste, outrora, berço de tantos acontecimentos!
És, no entanto, a elegia de teu povo
Que te mata, devora teus sonhos
Que tens para que se realizem
Em gerações futuras.
Hoje, em estado lastimável!
Misérrima paisagem!
Dantes suas águas claras banhavam
As coroas, agora, degradadas, obscuras,
Sombrias, sombras, solitário rio!
És, tu,
Um ritual de vida,
Mito e fantasia em seu leito
Glorioso de Mortal beleza,
Mas jaz-se, agora, ofuscado por feridas
Que te degradam,
Que te calaram o orgulho ferido de teu povo.
Meu Rio Parnaíba,
Porto de minhas lembranças!
Não!
Não te vás embora, agonizando abandonado,
Pois há aqueles que te podem salvar
Do cruel leito d’ morte
E voltarás a tua saga majestosa
E terás muitos admiradores.
(Davys Sousa, 22 anos, Teresina-PI – 26 de Junho de 2008 às 11:12)
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