As coisas boas da vida não deveriam esperar para acontecer;
Deveriam chegar pela porta do ônibus
E entrar sem pedir licença.
Eu poderia dar um abraço no meu filho,
Eu poderia beijar a minha mãe,
Todos nós poderíamos descer pelas ruas
E dizer que não aceitamos o que não presta:
Esse preço de ir e vir que nos atormenta,
Esse preço que não vemos, que vai pros cofres,
Essa vida de aperreio que a gente leva.
Que a gente pudesse falar, todo dia,
Do sucesso que alguém de nós teve,
Do amor que parecia perdido,
Mas errou o caminho e encontrou quem nem queria.
Que o abraço mais forte que a gente pediu
Viesse de quem menos se esperasse.
Não porque não fosse querido,
Mas porque fosse inimaginável.
O mundo dá esse tapa de realidade toda hora,
Nem tudo é do jeito que a gente quer...
Mas vamos falar de coisa boa?
Nenhum comentário:
Postar um comentário