quinta-feira, 14 de junho de 2012
A condição suspensa
Nenhum aviso te salva
e você não consegue sublimar a desesperança
dança, grita, gira, se consome
amargura nunca some
sempre viva no teu peito
Suspeito de conspiração divina
ao caso que me insiro e suspiro
desta, mais uma vez derrotado
O escrito como paleativo
num misto de fumaça e torpor
convida-me a aderir e sucumbir pesar
desabar
Numa queda livre de destoamento
meu peso me lança profundamente no inexistente
ao tempo em que turva
e a solitude flutua;
Suspensa
André Café
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