Embota-me no desvario de teus pensamentos,
Embaralha as idéias do meu sentir,
Joga-me na mesa, como um lance de cartas,
Corta-me à navalha, fio de vida escorrendo em gotas.
Pinga-se de essências aromáticas,
Perfuma-se na seiva de um longo trago,
Puxe a trava rompendo o lacre,
Massacre toda forma de amar latente.
Gaste-se no tempo perdido,
Passe as horas que não contavam histórias,
Caia na minha estrada, e não se espante
Com minhas palavras em atropelo.
Digo que não poderia encerrar este soneto
Sem falar mais uma vez de todos nós.
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