Sai do coração antes da primeira dor,
não é fácil, rasga veias pra deixar de explodir
afeto que escorre pelos olhos, inunda meu rosto,
e eu provo do teu gosto num beijo salgado.
Sente a emoção depois do último adeus,
é impossível, sobram vultos pra fazer repetir
efeitos que demoram nas janelas do mundo a contrassenso,
reprovam teu gesto em negaceios e vaias.
Inconsequentes, prisioneiros que se abraçam,
não em carinho forte, mas pra prenderem
a vida de outros em si.
Clausura que deixei de desejar,
quero livre viver livre e respeitar
o voo dos pássaros em ninhos alheios.
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