E só de imaginar e saber qu'eu tinha a chance
(Ainda que mínima) de te ver
Minh'alma negra vislumbrou uma fresta de luz
E a deusa interior que você fez surgir em mim
Despertou de um sono profundo,
Com ânsia de saciar sua fome, sua sede
Minhas vontades e desejos sem fim.
Usei aquele perfume
Pus aquela roupa
E trouxe na bolsa um sorriso pra me acompanhar
Me adornei de doces ilusões
Me enfeitei como se fosse rainha
Prestes a ser coroada por seu rei.
Feito nefelibata solitária te esperei,
E festejei internamente quando te vi passar
Mas você não notou,
E sequer manifestou algum sinal,
Fosse de algo bom ou ruim.
E enquanto meu olhar tristonho te perseguia
Tua boca ria de algo qu'eu não podia entender...
Quisera eu saber o que se passa dentro de ti!
Se achas graça da boba da corte aqui
Saiba que ela já se cansou de fazer rir
A quem só lhe faz chorar.
Hannah Cintra
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