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E aqui jaz! Sepultado em terra molhada
na esquife de gelo do esquecimento
abnegado pela súbita calma
de solver-se a sede do fim do relento
Não só, às cegas do olho nu
ou em pé, com riscos de chão
Enterra na alma os horrores de dor
espreme a silhueta de monção
E aqui jaz! Senil, mas oclumente
Tornado de mil pensamentos
Outrora o ápice sutil
Agora ao fardo contento
E tolhe deveras feroz
Punhado de résquia emoção
e jaz, assim de uma vez
a sete léguas no coração
(André Café)
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