quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Desmétrica
De onde vem louca métrica
que surge assim de repente
num instante faz presente
verocidade elétrica
E firma pacto inquebrável
palavras ligadas contado
se urge do grito calado
a força faz inseparável
poeta que ri nessa hora
fingindo não ver, mas que chora
por texto desmetrificado
a pompa porém reluzente
bate no orgulho latente
poema já vem requentado
Os versos bem dismilinguidos
apanham forçados em fila
com a poesia tranquila
enquanto apertados doídos
Expulsem a parede versal
invertam a lógica dura
que muitos na vida amargura
é livre dum expresso mental
mas eis despercebidamente
como livre? se fez carente
desta maravilhosa expressão
então poeta se contradiz
e em mesma hora volta feliz
servindo-se do verso prisão
(André Café)
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antitese pura! muito bom
ResponderExcluirsem e com as amarras da métrica
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