sábado, 8 de janeiro de 2011

Kante




Desempregado emprego o tempo ao verso
Uma parte arte
Outra arde
Recomeço...

O relógio regurgita à face
Seu abraço me estrangula
E ponteiro me empala

Que se faz?
Que se fez?
Me fala!

Desempregado emprego o tempo ao verso
Uma parte arte
Outra arde
Recomeço...

Vejo no espelho velho
O velho ofício do tempo
Estampada em tons de cinza claro
A dor, Grisalha, atenta atenta.

Desempregado, emprego o tempo ao verso
Uma parte arte
Outra arde
Recomeço...

Quanto vale o apreço?
Conforme a pressa, muito!
Pouco mais que a vida inteira
A preço do sal do choro!
A preço do sal do suor!
Sou preciso!
Sou! Preciso!

Preciso espaço
Pente
Penteadeira
Banca de pote
Escova de dente
Pátria
Panos de bunda
Tempo!
É preciso tempo
Ta bom?

(Salathyel Costa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário