sábado, 15 de janeiro de 2011

De como me tornei estranho





De tudo enquanto vi nos outros um estilo de vida
Sempre achei-me desde então...diferente.
Mas, não por indiferença, que é uma atitude proposital.
O meu jeito manifesta-se puramente involuntário
É um agir que deixa de ser planejado; vêm ao acaso,
Pensamento avulso que precedem tantos outros
Quanto tantas peças exige um quebra-cabeças.
Entre sombras me faço absorto em tom vampiresco
Sanguessuga dos pudores vivos e dos prazeres terrenos
Espreitando cada fio de mediocridade, vícios e banalidades,
Todas as proezas e incertezas
De homens que amam e se matam
Que curam e ferem, que criam e destroem.
É um enxergar, se bem que de questionar:
Por que a vida está repleta de futilidades?
O que está mais além deste plano que perpassa a razão?
Dentre minhas diferenças
A tristeza é companheira certa,
O silêncio e o mistério um só reduto
A esperança uma chama fraca que me resta...
Busco na mente manter ainda uma janela aberta!

(Kleber Júnior)

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