terça-feira, 28 de junho de 2011

Ame





Vasta imensidão do vazio da alma
que enche até a tampa minha boca
se vê logo de cara, o escuro alumiar
das vontades e desejos do corpo inerte


Ei, até quando ilusões amorosas?
Ora comparsa, prepara-te para a vida
o ser humano só coexiste com o caos
não é plena sua passagem, ações ou sentimentos
verdadeiros são sim, todos os momentos
mas ideais são as roldanas que movimentam
o nosso barquinho perdido no mar, em busca de um cais
encontrado somente na tez da menina


Sim, mas e daí? eu ainda acredito
Então volta e vive na plenitude
enquanto ela dure, dura não será a vida
e não condene o por vir, pelas surpresas imperfeitas
será desfeita pelo o que você viveu, gozou e cresceu
com o bom e o ruim, deixa assim esse egoísmo
e compreende o outro lado, e imponha-se com leveza e altivez
pois a cada vez que cair, há de surgir, uma outra jornada
amada, levada, doce loucura, o que tu procura, canto de sossego
e vejo com toda força, quem sente a forca, tem como sair
e voar, viver, sentir, em busca do acaso, onde o amor te espreita, mira-te
e atira-te bem no meio do receio e da complicação!
Ame.




(André Café, contribuição ideológica Porra Daniel e Tom Zé)



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