Quatro folhas
O ansioso trevo sempre se perguntava porque a sorte que tinha também não servia para o amor e logo via que talvez o ditado prevalecia e sua sorte tão certa lhe trazia amores incertos.O trevo muito observava o resto do jardim e logo parava o olhar em alguma flor especial por ali,ele não se cativa por flores de padrões perfeitos,ele não seguia planos,ele pouco admitia,mas incertezas o atraía,sua primeira e quem sabe a grande paixão do doce trevo fora uma bela e audaciosa rosa vermelha,o perfume da rosa chegava ao trevo como uma droga,uma deliciosa droga,tão envolvente como um tango,mas nem com toda a sorte do mundo ele teria aquelas pétalas para si.O trevo se encantará por lírio,jasmins,margaridas,orquídeas,mas nada comparado a rosa vermelha,até que surge uma geniosa e branca tulipa,tão encantadora,que o trevo mal acreditava que ela existia,a beleza se confundia com ilusão,o trevo era outra vez um típico apaixonado e arriscava toda sua sorte na sua amiga esperança que sempre passava voando pelo jardim e assim pedia para que o ajudasse a conquistar a linda tulipa,mas a tulipa assim como a rosa não tinha o mesmo olhar ao trevo,o amava de outra forma não da forma que ele queria,nesse caso a esperança pouco podia fazer.
O trevo tem mania de entrar em jogos difíceis,acho que por apostar tanto na sua sorte,mas ao lembra de que pouco vale a sorte nos jogos de amor, as quatro folhas do trevo estão cansadas e espera muitas vezes ser o escolhido por alguma flor que lhe traga um pouco de paz,ele continuará observando jardim e tendo ao seu lado sua amiga esperança,sempre carregando sua sorte,sempre esperando a primaveira chegar.
(Lorena Nôleto)
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