sexta-feira, 24 de junho de 2011

Só um dado


Neste jogo de mistérios propositais,
lábios pingam fel e outros venenos
em carnes roliças de coxas nuas.
Vergonha nenhuma de amar, tudo se permitir.

Palmo a palmo os corpos se adivinham,
descobrem sensações, retiram os lençóis do pudor.
Lançam-se ao delírio ardente incontrolável
constroem sentimentos no calor dos outros.

Sujeitos ativos que não se anulam,
não simulam o gozo de um sorriso,
nem lágrima honesta escorrendo pelas costas

De um semblante vivo, extasiado,
brilhante apenas uma vez, iluminado
pelos gestos desconexos daquela orgia.

(18.06.2011)

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