Quando eu saio do trabalho lá pras cinco da tarde,
o Sol ainda dita o ritmo das coisas por aqui
Vou descendo a João XXIII até próximo a ponte,
Porque ônibus direto pro meu barraco não tem
Mesmo ainda sendo segunda parece que toda
semana já passara e estacionara nas minhas costas
a mochila pesada, o cadarço que insiste em desatar
completam a vontade quase visceral de chegar em casa
mas antes de uma espera considerada do busão,
que enfim da as caras, cobrindo um pouco a luz do Sol
mas quando eu passo pelo ponte da Frei Serafim
com o olhar fixo em um ponto perdido no céu
(que as vezes se confunde com a estaiada,
outra vezes com os incontáveis prédios,)
somado ao mormaço que vem pela janela,
as lembranças se aquecem, o peito aperta
e uma travessia que duraria poucos segundos
acaba-se tornando uma trajetória sofrível
por se viver tudo novamente
o tempo esquecido, as horas ignoradas, o passar pela ponte
entre o meu consciente e o meu despertar
e já cruzando com a Miguel Rosa, quase sem Sol
me apercebo sentado prestes a perder a parada onde desço
Mas calma aí? pra que essa pressa?
nesse dia tão corrido e desgastante, ao invés da agonia por chegar
em casa e cair nas redes, segue em frente!
e passo a Pires de Castro, a Coelho de Resende e Magalhães Filho
desço quase não ouvindo direito. É hora de atravessar a Frei.
E já contornando a São Benedito, avisto as primeiras mesinhas amarelas
como um local sagrado de paz e descanso
O celular toca: é o Foyce já descendo pra lá com a Themis.
O EduStilo tb tá descendo! Chama o povo"
Encerrando com o bônus do celular: confirmo Rose, Laelia, Fernanda e Bazinga
na mesa que escolho já estão Mário e Rômulo
de surpresa aparecem Nayra e Cida
e a cerveja agora dita o momento de celebração
desejando a segunda como sexta, mas relaxado e tranquilo
vendo um céu laranja, roxo e azul
enaltecer os risos e fanfarras do Café Art Bar
(André Café)
Eu pude sentir bem aqui, sentada em frente ao pc, cada detalhe de cada momento que descreveste. Desde o vento que bateu no teu rosto no ônibus, o calor da receptividade e abraço dos que lá estão no Café Art Bar até o sabor amargo e triunfante do primeiro gole da cerveja gelada.
ResponderExcluirhaha, deu vontade juntar essa turma toda agora e tomar umas :)
ResponderExcluirfaço minhas as palavras da Fernanda e do Mário e acrescento que meus olhos brilharam quando as mesas amarelas apareceram no texto, como um santuário, um oásis, um lugar daqueles que a gente sabe que são da gente.
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