Perdi a mancha da sorte quando você partiu. Agora minha companhia é uma calçada que é imposta entre o nada e o infinito. Desde que você partiu, minhas asas sumiram, meu sangue escorre pelos joelhos e meu tato resume-se em procurar-te em mim em toda parte. Lembro de você sempre que preciso olhar pro lado e perceber que não estou sozinha, mas o tempo é longo e ininterrupto.
Eu preciso de você sempre que olho no espelho e percebo que não há companhia no meu ombro. Lembro de você toda vez que as lágrimas habitam minha face, pois você limpava-as fazendo-me lembrar da necessidade da dor para entender a realização do amor. Você voou longe demais e esqueceu que a sombra da proteção não me alcança.
Quando voltar as marcas da promessas servirão de prova, mas não demora!
(Rosseane Ribeiro)
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