quinta-feira, 16 de junho de 2011
Para um amigo daquela Universidade.
Não que seja egoísmo, mas bom mesmo era dois. Os tempos eram mais simples, mais compreensivo e sempre tínhamos um sorriso, e um jeitinho seu todo sarcástico e feliz de me fazer segurar o meu jeitinho toda boba de menina dengosa pelos ombros e falar: Ei, o mundo ainda tá rodando! É meu amigo, o mundo tá rodando e estamos rodando com ele, mas tu sabes que sou toda atrapalhada, que às vezes corro muito além desse nosso mundinho ou por horas só paro, vejo vocês passarem. Fico toda só minha, mas pra falar a verdade nunca sou só minha porque sou todas as partes espalhadas por quem passou na minha vida. Prefiro acreditar que meu tempo torto nos teu um tempo para que tu possas ficar livre desse meu ser estranho, não é que ele não nos queira juntos, é só por agora – talvez o ontem volte – e seremos Dois de novo. É tão difícil entender, se vê deixar; te ver ir para o norte enquanto vou seguindo pelo lado oposto. Ainda estou contigo mesmo que eu não seja aquela tua sombra, teu tiracolo, o teu andar, dobrar, descer e subir por entre aqueles corredores da universidade; ainda estará comigo mesmo não estando nas refeições, o esperar dos banhos, pelas lanchonetes que tu não gosta de ir, e até mesmo perder o ônibus para esperar o meu. Tenho-te nos trabalhos que não mais faremos juntos, mas tenha certeza, teu nome estará nos meus agradecimentos do TCC porque tu sabes que sem tu lá eu não existo, mas vou aprender. Obrigada pelo o que já fomos... Desculpa pelo o que sou; pelo o que ainda não consigo ser.
(Carlienne)
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