Querem um coração em liquidação? Procurem longe, onde não há perdão e não há gratificação. Um coração assim, merece ser guardado até a hora certa de partir. Ele bate corriqueiramente até quando os ponteiros do relógio resolvem não mais trabalhar, e ele esconde-se de quem queira lhe procurar. O meu coração esconde sua intenção embaixo do colchão, das flores e do meu olhar!
Continuo com a teimosia de querer apenas meu ego como companhia, pois desejo apenas que a luz não saia de perto da minha sombra para que eu possa enxergar onde eu caio, levanto e apóio-me.
Em outros instantes, distantes de mim, fico querendo, ainda, ser mais que eu; querendo e desfazendo de vontades alheias que ainda servem de prazer no descuido do sentir em vão.
Já dei ordens ao coração: Esteja pronto, frio e brando para partir e decidir sobre o valor de uma batida involuntária desmanchada em sangue vital! Só não aceito que ele acredite nos segredos ditos no escuro e nem acredite em sussurros mudos, divagados em um olhar que não passa de impressão.
Meu coração é grande e cabe na palma da minha mão.
(Rosseane Ribeiro)
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