Dia desses pensei em escrever um poema que levaria seu nome, não teria vírgulas e jamais publicaria, para não correr o risco de alguém muitas vezes pronunciar você em rodas de leituras. Mas não o fiz, metade por incompetência e o outra porque perdi meu caderninho de anotações especiais.
No entanto, precisava escrever-lhe, contar dos pensamentos que passam pela minha cabeça nas noites em que sonho com você.
Quero que saiba que já não o amo , não desejo seu corpo e não choro mais ouvindo 'yellow' do Coldplay. Só sei das noites mal dormidas e das frases ditas em diálogos promissores.
- Quero entrar nos seus olhos!
- Vai fazer o quê do lado de lá?
- Ah, não me venha com perguntas idiotas. Ninguém planeja o que vai fazer no céu...
Lembra das chuvas? e da locomotiva de sentimentos? bons dias...
Mas não foi para isso que lhe escrevi, quero contar da novidade...acho que estão derretendo meu gelo, querido, curando as feridas e sorrindo de forma que eu não sinta saudades suas. Você tão longe, e o amor se foi na divisão de bens. Ele não me quis tanto quanto você, e agora tenho de inventar algo que pareça com isso, sabendo que nunca haverá como o nosso.
Aqui ainda faz frio nas sextas-feiras de música boa, mas o tempo deu um jeito de encurtar, só pra me ajudar a ser feliz [dormindo].
No mais, tudo vai como de costume, os amigos, a luta, as leituras, a cegueira crônica, o medo e a certeza de que meus sonhos são de chocolate derretido.
Mande-me notícias.
(Larissa Andrade)
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