sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PRA ONDE VÃO OS NINGUÉNS?




Cálido desejo de versar,
Sobre angustia,prazer, algo qualquer pra se dizer.
Tangido pra outro lugar
Amordaçado.

Açoitado de volta a caminho de casa,
Morada do silêncio
Somente ali
Nenhum outro lugar ele pode ser, quem realmente é
Quem realmente é, para os outros.
Lugar apropriado pra existir
Existir na inexistência

Ser de mundo nenhum
De mundo algum

A razão se apropriou,
De suas palavras e gestos
Verdadeiros? Espontâneos? Loucos?
Sim!
Loucos

Deveriam ser gestos, exatos, válidos, corretos, apropriados?
Assim que me querem
Só resta boicotar o pensar burocrático, excludente
Não penso, logo Inexisto...

Apenas no seu pensar

(Victor Marchel)

Um comentário:

  1. há que se pontuar um breve paralelo com o belissimo poema de Eduardo Galeano "os ninguens". Após constatar quem são os ninguens desafio maior ainda se dá para refletir para onde eles vão. Os ninguens podem está mais perto que imaginamos.dentro, fora, ali, mais adiante, invisiveis?

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