Quero ir para as ruas
Desabafar o meu grito
Deixar minha voz escapar
E ecoar pelos ares
Deixar de ser só pensamento
E não ser mais tão sozinha
Porque ela quer ser coro
Não quer mais ser só minha
Em busca de novos destinos
Meus pés querem marchar
Sentir o chão da terra
E o asfalto quente que lhe veste
Com punhos erguidos
Minhas mãos querem vibrar no ar
Onde soam palavras de ordem
Querem agitar bandeiras
Juntar mãos com mãos
E sentir com força o aperto de cada uma
Minha pele quer se vestir de povo
Conhecer o suor do trabalho
Sentir a dor do outro
Arrepiar-se com alegria
Ao ver na luta uma esperança
E minha mente quer descanso
Quer um dia dormir sossegada
Quando a utopia do amanhã não for mais um sonho
E a realidade de hoje for só mais um pesadelo
(Léo Maia)
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