segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Paradigma da permissão




Permitir-se. além do simples e talvez limitado conceito aureliano sobre permitir (dar liberdade, poder ou licença para, consentir, autorizar a fazer uso, tolerar, possibilitar), o dilema para conjugar tal verbo está longe de qualquer situação morfológica e sim submergido dentro das celas invisíveis de cada indivíduo. o que seria a permissão? fazer tudo e não pensar em consequências, anular-se perante aos outros e com temor de se contradizer? permissão no meu ponto de vista, não são meros atos pontuais, mas sim um discurso político, um norte a ser trilhado. mas como é difícl desvencilhá-lo de tal rótulos colocados de forma pragmática. como pode ser um estilo de vida? pois é, eu não sei. eu estou nesse turbilhão da prática, inserido em teorias e pensamentos soltos, buscando chegar a alguns nexos. mas, muito mais do que essa necessidade de teorizar algo, para ele ter fundamento, que é importante, a vivência do tentar permitir-se coloca a prova a todo momento nossa humanidade. como dizer que me permito a isso? como dizer que não permito? por que existe essa permissão aqui e não acolá? deveras conspirador e lascinante! a convergência da permissão tem me levado a algumas pré-conclusões: a permissão diminui a distância dos muros e máscaras dos indivíduos, chegando em situações a romper essas barreiras; permitir-se não significa ser permissível ou permissividade; permissão é um processo contínuo, inacabado, construído a cada momento da vida das pessoas; a permissão não é instrumento utilizado para se aproveitar de situações ou de pessoas, é um conceito para vida; permissão não significa exatamente consenso, muitas vezes provoca litígios, contribuido para amadurecimento; permissão tem ligação holística com os discursos de afeto, participação e coletividade.
isso são apenas inferências que estão longe de ser verdades, mas são um ponto de partida. para onde vai, só se permitindo pra saber.

sugestão de leitura:

Andar a Pé
Henry David Thoreau

Chega de boiar nas incertezas da terra do nunca!!

(André Café)

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