segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

TRABALHO, ACIMA DE TUDO, CRIAÇÃO DE SI MESMO


O trabalho desenvolvido pelo profissional educador, intrinsecamente deve corresponder às perspectivas individuais que aspira na vida dentro de um contexto. Esta asserção pontua uma estrita correlação entre o que exerce e a teoria que realmente aflora quando atua, é patente a práxis. Um especialista da educação gere apenas a teoria? Muitas vezes, notifica-se esse posicionamento de quem não consegue traduzir, por alguma infeliz razão, seu trabalho em efetivação de algum projeto, na incapacidade de vivenciar uma ideia sistematizada que oferecerá aos alunos uma mudança de comportamento ao atingir a aprendizagem, como também porque não se encontra suficientemente bem consigo e apresenta uma resistência ao envolvimento coletivo da equipe.
Na esfera da coletividade, os elementos da ética que devem ser postos em prática perpassam pela condição básica de respeito ao ser humano - valor ético que deve embasar a reflexão do ponto de vista díspare da sociedade de classes, na qual uns vêem a subserviência como respeito, que produz a reverência ao servir sem indagações; enquanto que outros analisam que é uma honra às limitações do outro, ser parceiro e democrático ao escutar o outro. Uma prática de conduta democrática, em que os direitos valem de fato. Outro componente elementar ético está pautado na solidariedade que traduz um engajamento do esforço do todo.
No ambiente educacional de trabalho principalmente, há de se produzir o empenho na qual a interdisciplinaridade propicie a vida à aprendizagem. Para tanto, uns não podem se valer da agilidade do outro, alegando que seus “talentos” estão aquém do remunerado, ou tornando-se indiferente às ideias surgidas. Como bem enfatizamos, o trabalho individual que se realiza deve ser prestigiado, valorizado e direcionado à coletividade.
Importante mais ainda em tudo isso é trabalhar em harmonia, para fluir e manar todo potencial em latência dos grandes profissionais que adormecem. Caso contrário, há desenvolvimento de hostilidade, e bem sabemos que manifestado tal estado de sensibilidade impregna todo o ambiente; os demais se constrangem e são tolhidos de produzir melhor comprometendo a sua idoneidade no trabalho.
Trabalhar, portanto, com a educação, é questão de opção, senão tão logo, orienta-se e incentiva-se à descoberta da profissão que propicie auto-realização, pois concordando com Marx o homem cria a si mesmo pelo trabalho.
Seja feliz!
(Profª Conceição Oliveira, com colaboração de André Café)

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