quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Estrela Azul (Parte Final)




E como tudo que se compra a um preço a pagar
Chegou o dia em que o anjo devia cumprir
O contrato perverso do mal
Mas como deixar a donzela, que tanto amava e esperava, tinha de deixá-la
Pensando em fugir do destino
Apressou-se em voar pra o infinito
A estrela já conhecia seu fim
Mas acreditou no poder de seu protetor

E juntos voaram
Por campos, mares, e outros planetas
Mas a bruxa não estava distante e sabia onde encontrá-los
Sem nem ao menos hesitar
Do anjo arrancou suas asas
Em espiral infinita
Do céu despencou o guerreiro
Que não quis do tempo ser amigo
E se foi pra sempre
Ser eterno junto aos confins da terra

Nada será esquecido,
Tudo será mantido num mundo,
Salvo das areias do tempo e da solidão do espaço.
O anjo guerreiro não foi capaz de bater fortemente suas asas
Para então salvar a pequenina estrela,
Que foi condenada a ser
Eternamente esquecida no céu azul,
Mas para sempre será lembrada
Por aqueles que leram sua historia
E guardam no peito a viva luz
Da doce estrela solitária

(Nynna Zamboti)

Um comentário:

  1. Profundo. o tom melancólico, apesar de causar tanta tristeza, fez do desfecho um momento sublime. Esperamos outra sorte pra estrela em outras realidades. Perfeito Nynna, muito bom poder degustar esse pedaço de ficção muitas vezes presente no real.

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