Sou uma confusão,
uma baderna,
um trabalho,
uma falta de razão.
Sou um mar de transgressão,
sou uma viagem descabida,
uma roupa mal-vestida,
um traço mal desenhado
o horror do mal-amado.
Sou uma burrada,
uma palavra não dita,
uma poesia maldita,
uma contravenção.
uma artista;
Sou a falta de razão,
sou a provocação,
sou o escuro do túnel,
a palavra em ação.
Sou a desilusão,
o sonho dentro do sonho
o calor de uma paixão,
a intensidade de uma dor,
um gostar sem pudor.
Sou aquilo que não sabia que era,
que existia sem existir,
uma bruxa megera.
E por aí vai.
Raíssa Cagliari; 16/04
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