sábado, 28 de abril de 2012
Ofelíaco
Ofelíaco
Onde ele, ela
Onde há amor,desilusão
Onde há dor, loucura
Onde há beleza, Ofélia
Onde nada há, morte
Entregou-se, virgem,ao calmo rio
Cantando canções de velhas eras
E lá descansa, suave e tenra
Ninfa das águas, eternamente espera
A água antes pura, maculada de amargura
Lar da triste dama branca feito um lírio
Lágrimas da bela pranteando suas agruras
Lar da dama branca sussurrando seus delírios:
"Lembre-se de mim, meu bem amado
Aquela à quem seu amor foi um fardo
Aguardo silenciosa em meu sonho eterno
O belo dia em que te guiarei até o Inferno"
Vitor Gois
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