Vamos nós poetizá
Aguçá o teu pensá
Nordestino arretado
Feito minino traquino
Como açúcar dos engenho
Energia logo eu tenho
Prá todo dia trabaiá
Feito o boi das moage
Lá vamos nós labutá
Nossa sina é lidá
Nossa vida é lidá
Mas vez ou outra
Poesia prá relaxá...
Não escravo da palavra
Não escrevo a palavra
Mas a parti dela moê
Os afetos, sentimentos remoê
E produzir o doce da existença
Sob o sol quente, essença
Desse cabra insistente
A Deus temente
Que a cada sol nascente
Sempre muito quente
Diferente se apresenta
Prá novamente lutá
Valei-me todos os santo
E os que não são santo também
Toda ajuda é de bom tamanho
Prá essa gente que luta e ganha
O pão, o milho e o feijão
Mas prá alegrá o coração
Na mesa do povo do sertão
Já tem até macarrão,
Com presunto e requeijão
A chuva demorou
Mas tá chegando devagarim
Prá moiá a terra
Fazê brotá dela
A alegria e a boneca
Do pé de milho na serra
Por ALDERON MARQUES E NOÉLIA ALVES
DIA 12/04/2012
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