quinta-feira, 19 de abril de 2012

Viver






E no dia que eu acordar do meu sonho 
vou escrever letras em neon coloridas 
de vida amor amizades música 
abrir os olhos e dizer que coisa boa,
sobrou espaço para desejar nascer de novo


Eu gosto da vida,
Da vida vivida, da vida agitada
Gosto do auge, gosto do extremo,
gosto das linhas tênuas,
entre a morte e o tempo. 

Gosto do doce da boca,
do sugar da essência,
sem perguntar procedência
sem saber para onde se vai. 

Gosto da permissão, do sonho
da liberdade, do afronto
Da ternura da dor, 
da quentura da cor
dos malabares do amor,
da intensidade do horror.

Gosto do auge, 
do implícito, 
dos avanços explícitos...

Gosto da vida, 
do teu sabor 
do teu torpor,
Gosto da vida que rói os ossos,
que destrói esses sonhos nossos,
gosto das vias duvidosas
e dos cálidos estranhos
de camas espersas, 
de carinhos complexos, 
do tocar enlouquecido 
das  noites permitidas.


Não me culpem não, eu sou louca de pedra mesmo!


Raíssa Cagliari; 19/04

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