terça-feira, 17 de abril de 2012

mal-me-quer- no bem-me-quer

As provas que te foram postas à razão não te ferem na superfície do teu sentir? Quando mal-me-quer as saudades ficam espalhadas no corpo da cama, que tu bem-me-quer bem. Mal-me-quer das lembranças sentidas, talvez com medo de repeti-las e assim descobrir que sou tão sua quanto és meu. Pois não se envelhece saudade nem por tão pouco de coragem de assim se perder; Nem janeiros, que pareciam não acabar mais, quando as juras de amor foram de enlouquecer. 
Bem-me-quer bem no escuro da chuva, na coragem da luz, na intensa ventania da primavera. Bem-me-quer bem pra te adorar. E muito me doi não nadar nessa tempestade quando tu bem-me-quer nesse mar de solidão.
Mal me quer porque sabes que bem me quer muito bem.

Um comentário:

  1. e as palavras dançam lentamente e serenamente!! e pousam sobre nós... é a sensação que me passa

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