Modliszki -louva-deus em polaco-, por Jarosław Kukowski |
Vai! Voa logo no logus incandescente!
não sinta o rabo do cometa escapar pelo ladrão
é só até são joão se espalhar no foguete
num tique controlado de manias mil
um zil de cores recorta o jardim
assim, é o fim do portão
para além do inatingível
não basta flutuar e ecoar nos cantos recalcados a sua fala salgada petrificada
se tu te fez vento, a moralidade deságua em vácuo
se tu te fez lombra, tem coca-cola de resignação
Então vai! Voa logo!
o último Louva-a-deus grená já partirá
em sua eterna prece pelo desafeto à normalidade
invade, ao galope subversivo
o vôo é longo, é desafio, logo ali no limbo
defronte o lado da outra face oposta de lá da poesia concreta
discreta e destemperada
a nuvem dos insetos gigantes, garante sobretudo
o absurdo da liberdade, conectado ao sabor do infinito analítico, crítico, mas com sobras de suscetibilidade
André Café
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