quinta-feira, 12 de abril de 2012
Cantos de névoa
Agora descalço
conecto-me ao asfalto frio e 'exumante'
me devolvo ao balançar inequívoco da vontade coronária
e me vago, divago pelas ruas da cidade em sono
a cada passo um novo sentido incompreendido
descalço, roto, desavisado da próxima esquina
passando em places desconhecidos
como se a névoa guiasse, estibordo e recalque
foi por apenas um segundo, mas como se fosse por toda rua
a pé vejo o que nem observo da janela do ônibus
a cidade despida, em lágrimas sussurradas nos cantos dos muros
André Café
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