quarta-feira, 4 de abril de 2012
Folha do oitizeiro
E eu buscando algum significado mágico
no momento que a folha do oitizeiro caiu em meu colo
um vento raro na Frei Serafim leva além de tudo
meu vago pensamento sobre a razão da existência
quando o olho em tudo quer encontrar significados escondidos
enquanto todo corpo descansa no passeio vazio
o natural sempre simples e suave faz disritmia
um misto de alívio e tristeza
pois quando me ponho no inalcançável pensar sobre o ser e o estar
nidifico dúvidas, me alimento de viagem
e perdido fico numa metafísica caudalosa
e por sair deste paralelo espaço
e sentir o vento mormaço
entristeço, embaraço
mas carregado de novas inquietudes
umas iludem, outras acalmam
o silêncio num raro momento ensurdecedor
o ronco do motor de poucos carros que passam
e disfarçam suas indagações
sigo num movimento desesperado sentado no banco
com a graça de quem sente os presentes da natureza
e com a dureza, preparando-se para a sequência vital de sacrifícios e sonhos
André Café
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folhas e folhas...
ResponderExcluire viagens em tantos planos. o mais profundo transe se acaba num tocar suave de folha solta. a frei serafim inspira
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