quarta-feira, 11 de abril de 2012
Rosas Atravessadas...
Cala-te oh lábios amargos
Já não ver? Que o teu amor morreu?
Ainda esperas? Como uma criança tola;
Digno do teu amor, já pereceu.
Já não é eterno teu júbilo suspiro,
Ultrapassaram flechas neste coração,
Senta, e observa o novo dia;
Ainda à espera das frias mãos.
Emudece oh pensamento sacro
Arranca-me do peito esta dor.
Sabes que perdestes dias?
Compondo versos ao teu póstumo amor.
Horror espelho! Minha imagem nega
Vi nas Lages lágrimas em vão,
Quem ama chora, quem chora ama
Sei que motivos estes, não vêm à questão.
Amadora poetisa ao relento,
Nas madrugadas que ninguém me ouvira,
Suporto as queixas destes lamentos
Contudo, suporto a vida.
Não queimem as flores por chorarem
Elas perfumam ate impiedosas mãos.
Mudas, como humores, destorcidas faces,
E nunca mais ouvira o pulsar, teu coração.
Traga-me o conhecimento da morte!
Queimem as flores e aniquilem o amor,
Sequem as lágrimas e emudeçam lábios;
Apague meu nome, e torna-me anônimo da dor.
Palavras tolas, meus versos.
Pobres dos que sentem minha semelhança,
Que vida suporta tanta distância?
Quando em seu peito está a lança.
Não concedeis que meus pensamentos se multipliquem,
E façam réplicas de minhas palavras,
Sustenta-se os poucos conselhos, como réplicas;
Destes versos, das Rosas atravessadas.
Rayanne Barbosa
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