segunda-feira, 2 de abril de 2012
Sobre noites claras
Depois de muito tempo, noites e dias derramando vidas
e tempo regredindo a tua espera inevitável
implicável à loucura, aplicável ao descambo
fui mulambo por primaveras
E a lua amua e 'avua' essa negação
chegou ao limite do meu além-mar
e o brilho mais alvo de d'alva
me chama novamente para me sentir
sentir, cheirar, viver e amar
para muito mais do que meros cristais
que reluziam a pirita de tuas emoções
enquanto eu me aquecia em chamas vazias
Apenas uma lembrança de efêmera enganação
fique por aí, siga seu caminho
eu tô de leve, levitando sem o fardo de outrora
com aurora incrementando meu início de noite
André Café
*poesia surgida a partir da leitura de Sobre dias claros de Gabi S. Veras
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